terça-feira, 30 de outubro de 2012






Antes eu tinha motivos para escrever poesias, músicas, histórias e reflexões. Cada momento de alegria rendia uma vela melodia;cada momento de dor se trasformava em versos de amor; cada expericência vivida era uma nova hist´ria a ser contada.
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Hoje não escrevo mais. Acabaram-se os motivos. Foi-se a inspiração. Horas sentado em frente ao caderno, caneta na mao e nenhum verso de um poema ou de uma canção. Nada. Encontro apenas a frustação. Brigo com as palavras que fazem de mim como se eu fosse um demônio a devorá-las. Mas é então que uma dúvida me surge: acabaram-se os motivos ou acabou a capacidade de enxergá-los?
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Não sei ao certo o que acontece. Na verdade não sei de nada. O saber é algo complexo demais para entender.
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Poderia facilmente aqui listar todo amor que engrandece minha alma, ou toda a dor que devasta meu coração. Mas, de que me valeria? Ninguem vai ler, e se lesse não entenderia. Palavras são palavras, sejam sinceras ou não. entimentos são sentimentos, sejam de dores ou sejam de paixão.
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Se tentasse escrever num papel  a angústia que sinto por vezes consecultivas, estaria assinando meu atestado de imbessibilidade. Estaria plantando árvore infrutífera. Além de sair em uma caçada às decepções. Pois não importa que palavras eu possa usar, o tamanho e a complexidade de minha dor o leitor nunca entenderá.
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.Despeço-me hoje com uma dúvida pairando no ar: Desistir é um mal terrivel, mas será esse um mal que devemos sempre evitar?

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